Design Thinking: uma metodologia para inovar e despertar a criatividade no trabalho

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O termo Design Thinking já está por aí há décadas, tanto em escolas de criativos quanto em mesas de reunião. Um processo que busca por inovação e criatividade para resolver problemas e que gera soluções incríveis. E o melhor: ser um design thinker não exige que você seja um profissional de design, basta ter empatia, percepção e ação e você pode aplicá-lo em diversas áreas de conhecimento, e também na rotina de trabalho.

O que podemos aprender com o Design Thinking para o nosso dia a dia (principalmente profissional) e o que ele tem a ver com criatividade na vida adulta?

O que é o Design Thinking, afinal?

O Design Thinking é um processo de reconhecimento de problema, busca por uma solução livre e criativa, teste e, finalmente, implementação na prática. A palavra design vem do latim "desenho", e também do alemão "zeichen". Etimologicamente, quer dizer : "de-signar", ou seja, dar significado.

Design Thinking, portanto, é pensar sob a lógica do design, com foco na solução de um problema.

O processo é usado por criativos há décadas, mas, em 2008, Tim Brown, CEO da IDEO - empresa de design que popularizou o termo e a aplicação no mundo corporativo - extrapolou os conceitos de design para chegar à resolução de problemas de forma criativa e realmente deu corpo ao processo em um artigo publicado para a Harvard Business Review.

Daí pra frente, um outro olhar foi lançado sobre essa possibilidade quando o assunto é criatividade profissional.

Focar menos no objeto de design e mais na solução do problema é o cerne da questão no Design Thinking. Para isso, é preciso dar viabilidade para o pensamento integrador, o que significa: unir desejabilidade e viabilidade técnica.

Ou seja: o objeto-solução que estou criando tem que ser desejável e viável além de resolver um problema. E para isso é preciso ter criatividade! Mas, como a criatividade (e a solução) vêm?

Você precisa sentir o problema (e ter empatia) para fazer Design Thinking

No filme "O menino que descobriu o vento", o personagem principal William Kakwamba é um menino que vive uma situação de desespero pós-seca devastadora, em 2001, no Malaui, na África Oriental.

Para evitar que sua família passasse fome - estavam na época comendo apenas uma refeição por dia -, que William sentia o problema na pele, observou, implementou e testou uma ideia: estudou sobre a energia produzida pelo vento, e com sucata desenvolveu uma turbina eólica que mantinha os aparelhos de sua casa funcionando e, posteriormente, construiu uma bomba d'água movida a energia solar que permitiu que toda a vila fosse abastecida por água.

É uma história real e tem muito a ver com o Design Thinking, que está dividido em passos certeiros: 

Passo um: entender o problema. Quando se fala em pensar com a cabeça de design thinker, fala-se sobre empatia, observar a necessidade, fazer um estudo do que é realmente o problema que precisa da solução.

Muitas vezes, observa-se um problema por seu próprio prisma, mas, na realidade, um design thinker, aquele que se propõe ao Design Thinking - reconhecido como o design centrado nas pessoas - deve fazer um exercício de ir além, observando o problema por outras perspectivas que não apenas da sua. Lembra do exemplo do filme? William estava vivendo o problema.

Pesquisas de campo aqui são bastante eficientes. Elas são preliminares e ajudam no entendimento do contexto em que vamos trabalhar, além de auxiliar na produção de insumos para as próximas etapas do processo. O objetivo é entender de perto o problema dos outros e porque eles observam ali uma necessidade de solução. Vá atrás da solução!

Além disso, também podemos citar o uso das entrevistas de profundidade. Através de conversas e perguntas, é possível obter informações, histórias e experiências do entrevistado. Através dos relatos, é possível enxergar outros ângulos do projeto, descobrir outras fontes e formas de executá-lo.

Mais uma forma de colocar o passo um em prática, é através da ferramenta Caderno de Sensibilização. É uma forma de conseguir as informações sobre a pessoa sem interferência externa, ou seja, sem que o pesquisador precise ir até ela.

Este método é usado, geralmente, quando o tema é delicado e ele se sente mais à vontade para fazer os registros sem a presença de outra pessoa. Para isso, ele poderá anotar, fazer os exercícios e as tarefas no caderno. O entrevistado poderá colocar as experiências quanto ao tema através de palavras, desenhos, pinturas e até colagens. Vale lembrar que o caderno precisa ser mapeado com base no que a pesquisa pede e com orientações específicas.

Passo dois: explore uma ampla variedade de possíveis resoluções. É aí que a criatividade começa a entrar na dança. Deixe sua cabeça imaginar o inimaginável e confie no processo.

Faça brainstorming, uma técnica que permite que seus pensamentos fluam livremente, proporcionando ideias que podem parecer desconectadas em primeira instância mas, acredite, podem fazer todo o sentido depois.

Deixe apenas uma coisa de fora quando assunto for listar as ideias mais "loucas": críticas. Não é o momento para isso. Ah, e lembre-se: as ideias devem estar sendo guiadas pelo passo um. O quanto você conhece o problema é o que vai deixar tudo muito mais assertivo.

Passo três: agora interaja com prototipagem e testes. As ideias mais incríveis que você pensou no passo três. Aqui, nesse momento, você vai tirar a ideia do papel e provar aos outros do grupo (e a você) que ela é minimamente viável. Crie diagramas e sketches.

Nesta fase de prototipagem, é importantíssimo que consumidores reais testem o produto/serviço, ou seja, que colaboram com o desenvolvimento da solução. Afinal, ela existe para resolver um problema deles, certo?

Passo quatro: ideia prototipada e testada, é hora de fazer os mecanismos de desenvolvimento para o projeto. Nesta última fase do Design Thinking está grande parte do esforço conquistado até agora.

Por isso, todas as outras etapas devem estar muito bem cumpridas. Imagine a fundação de uma casa: o raciocínio é o mesmo. A partir daqui o trabalho é desenhar, treinar, construir e otimizar a ideia.

Por que empresas usam Design Thinking?

Pode parecer uma pergunta óbvia, mas existem diversos motivos para que o Design Thinking seja o queridinho de muitas empresas disruptivas, como Netflix e AirBnB como, por exemplo:

  • O poder inovador da metodologia;
  • Maior entendimento do universo do cliente;
  • Maior entrosamento entre membros do grupo para a solução em conjunto;
  • E a possibilidade de novas ideias a partir das soluções já propostas.

Se os passos apresentados ainda não foram suficientes para convencer você de que a criatividade pode surgir de locais inesperados e trazer soluções interessantíssimas com o Design Thinking, tem mais um motivo: esse método dá ao grupo um senso de pertencimento e de construção e união sem igual.

Esse senso de comunidade permite muito mais do que você possa imaginar:

  • Fortalece o grupo, aumentando a confiança mútua entre os membros. Um time que encontra uma solução em conjunto tende a ter membros com melhor interação. Entender o universo do outro, conseguir observar por dentro significa também ampliar a confiança.
  • Permite pluralidade de soluções visto que as pessoas vêm com diferentes backgrounds, de diferentes universos podendo dar ao produto/serviço uma maior variedade de possibilidades.
  • Garante um aprofundamento de todo o time no universo centrado no cliente. Design Thinking é sobre ter o ser humano no centro. Sendo assim, o objetivo de todos é solucionar o problema do cliente. Imagine todos os outros insumos (e ideias) que podem surgir daí!

Ser um profissional criativo é manter sua criança viva. E isso muda tudo!

Ser um adulto criativo significa desafiar-se diariamente. E isso é trazer estímulos a todo o tempo. Pensar como uma criança, sem medo de errar, praticando a aprendizagem criativa é um bom caminho.

O passo dois do processo de Design Thinking permite exatamente isso: que nos exponhamos e também nossas ideias a partir de um assunto central. A partir delas, vamos desenvolvendo mapas, interligações entre pensamentos.

O mapa mental é uma ferramenta incrível de organização visual das ideias. Funciona de uma forma bem simples:

  • Você seleciona a ideia central sobre a qual vai falar;
  • E, a partir dela, ramifica ideias relacionadas.

A tendência é que surjam mais e mais ideias e o mapa vá crescendo, trazendo diversos pontos de universos diferentes e sobre os quais nem havia pensado antes.

Expor suas próprias ideias é algo muito comum quando se é criança. Sem medo. A criatividade infantil tem muito a nos ensinar quando ficamos adultos - dê espaço à divagação e ao pensamento livre.

O quanto você tem exercitado sua criatividade na sua vida - seja profissional ou pessoal - ultimamente?

Conheça o curso de Design Thinking da Faber-Castell

Aqui na Faber-Castell acreditamos na criatividade, acima de tudo. Acreditamos que é quando a estimulamos que criamos novos mundos, perspectivas, soluções.

Por isso, investimos em apresentar a você essa metodologia que ajuda a criar e organizar novos pensamentos. O nosso curso de Design Thinking vem para revolucionar a forma de pensar essa metodologia.

Nele, você vai aprender sobre:

  • O que é o Design Thinking;
  • Quais são os pilares e etapas;
  • E como aplicar os conceitos na prática.


Quem vai ensinar você é o Rodrigo Giaffredo, que tem 26 anos de experiência em mercado nacional e internacional. Venha saber mais o quanto você pode revolucionar o mundo com suas grandes ideias!

 

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Quarta, 29 Novembro 2023